O engenheiro civil José Antônio de Melo, especialista em projetos de barragens, do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), apresentou nesta quinta-feira (31) um laudo de avaliação técnica das condições da barragem da Mata da Cafurna, em Palmeira dos Índios, Agreste alagoano. O documento revela não haver risco iminente de desastre.
A barragem está localizada em terras indígenas, na aldeia Xucuru-Kariri, sendo responsabilidade da Fundação Nacional do Índio (Funai). O técnico do Ibama AL, Rivaldo Couto, em uma reportagem da TV Gazeta, disse que “a Mata da Cafurna é a única barragem de Alagoas que oferece riscos para a segurança das comunidades”.
A declaração do representante do Ibama causou grande preocupação para a população palmeirense. Diante disso, o prefeito do município, Julio Cezar, determinou imediatamente que uma equipe técnica do município fizesse uma inspeção na barragem.
Segundo o documento, assinado pelo engenheiro, “a Barragem não oferece nenhum risco iminente de ruptura”. Ele verificou apenas a necessidade de um pequeno concerto na ombreira esquerda, mas salienta que isso não propicia nenhum dano.
Recomenda ainda, que a barragem seja incluída em um Programa de Inspeção, por parte dos órgãos competentes, ANA, Funai, Ibama, Ima e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
Na última terça-feira (29) a Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou uma lista de 26 barragens, em Alagoas, que terão fiscalização priorizada.
Algumas foram classificadas de risco alto e com dano potencial associado alto. A barragem da Mata da Cafurna não aparece no relatório da ANA.
Júlio Cezar disse que o Laudo foi um alívio para todos. “Agora estamos mais aliviados. Este Laudo é assinado por um profissional da engenharia, com mais de 30 anos de serviços e de experiência no assunto.
Seguiremos todas as recomendações. Inclusive, nossa Defesa Civil já encaminhou ofício aos órgãos competentes, pedindo que realizam relatórios de segurança de todas as nossas barragens”, informou o prefeito.
Veja abaixo o Laudo de Avaliação Técnica assinado pelo engenheiro civil José Antônio de Melo